Transcrevo, inicialmente, trecho de artigo que extraí do site noenigma.com:
“Durante anos o homem procurou a beleza perfeita, a proporção ideal. A respeito desse assunto, há dois livros ótimos: ”Deus é matemático?” e ”A Razão Áurea”, de Mario Lívio. Todos nós já ouvimos falar em número Pi – π. É o irracional mais famoso da história, com o qual se representa a razão constante entre o perímetro de qualquer circunferência e o seu diâmetro. Equivale a: 3,141592653589793238462643383279502884197169399375… e é conhecido vulgarmente como: 3,1416. Não confundir com o número Phi,Φ, que corresponde a 1,618.
O número Phi,Φ (letra grega que se pronuncia “fi”) apesar de não ser tão conhecido, tem um significado muito mais interessante. Durante anos o homem procurou a beleza perfeita, a proporção ideal. Os gregos criaram então o retângulo de ouro. Era um retângulo, do qual se extraiu uma proporção: o lado maior dividido pelo lado menor. E a partir dessa proporção tudo era construído. Assim eles fizeram o Parthenon: a proporção nos rectângulos que formam a face central e a lateral; a profundidade dividida pelo comprimento ou altura; tudo seguia uma proporção ideal de 1,618.
Os Egípcios fizeram o mesmo com as pirâmides: cada pedra era 1,618 menor do que a pedra de baixo, ou seja, a de baixo era 1,618 maior que a de cima, que era 1,618 maior que a da 3ª fileira e assim por diante. Durante milénios, a arquitectura clássica grega prevaleceu. O rectângulo de ouro era padrão. Mas, depois de muito tempo veio a construção gótica com formas arredondadas, que não utilizavam o rectângulo de ouro grego. No ano 1200, contudo, Leonardo Fibonacci um matemático que estudava o crescimento das populações de coelhos, criou aquela que é provavelmente a mais famosa sequência matemática, a Série Fibonacci. A partir de 2 coelhos, Fibonacci foi contando como eles aumentavam.
A partir da reprodução de várias gerações chegou a uma sequência onde um número é igual à soma dos dois números anteriores: 1 2 3 5 8 13 21 34 55 89 … 1+1=2, 2+1=3, 3+2=5, 5+3=8, 8+5=13, 13+8=21, 21+13… e assim por diante. Aí entra a 1.ª “coincidência”: a proporção de crescimento média da série é…1,618 (o número Phi Φ ).
Os números variam, um pouco acima às vezes, em outras um pouco abaixo, mas a média é 1,618, exatamente a proporção das pirâmides do Egito e do retângulo de ouro dos gregos. Então, essa descoberta de Fibonacci abriu uma nova ideia de tal proporção, a ponto de os cientistas começarem a estudar a natureza em termos matemáticos e começarem a descobrir coisas fantásticas. Por exemplo:
– A proporção de abelhas fêmeas em comparação com abelhas machos numa colmeia é de 1,618; – A proporção que aumenta o tamanho das espirais de um caracol é de 1,618; – A proporção em que se diminuem as folhas de uma árvore à medida que subimos de altura é de 1,618;
E não só na Terra se encontra tal proporção. Nas galáxias, as estrelas se distribuem em torno de um astro principal numa espiral obedecendo à proporção de 1,618. Por isso, o número Phi Φ ficou conhecido como …. A DIVINA PROPORÇÃO. Por que os historiadores religiosos descrevem que foi a beleza perfeita que Deus teria escolhido para fazer o mundo?
Por volta de 1500, com o retorno do Renascimento, a cultura clássica voltou à moda. Michelangelo e, principalmente, Leonardo Da Vinci, grandes amantes da cultura pagã, colocaram esta proporção natural em suas obras. Mas Da Vinci foi ainda mais longe: ele, como cientista, usava cadáveres para medir as proporções do corpo humano e descobriu que nenhuma outra coisa obedece tanto à DIVINA PROPORÇÃO do que o corpo humano… obra prima de Deus. Por exemplo: – Meça sua altura e depois divida pela altura do seu umbigo até o chão: o resultado é 1,618; – Meça seu braço inteiro e depois divida pelo tamanho do seu cotovelo até o dedo: o resultado é 1,618; – Meça seu dedo, ele inteiro dividido pela distância da dobra central até a ponta ou da dobra central até a ponta dividido pela segunda dobra: o resultado é 1,618; – Meça sua perna inteira e divida pelo tamanho do seu joelho até o chão. O resultado é 1,618; – A altura do seu crânio dividida pela distância da sua mandíbula até o alto da cabeça dá 1,618; – Da sua cintura até a cabeça e depois só o tórax: o resultado é 1,618;
Considere sempre erros de medida da régua ou fita métrica, que não são instrumentos precisos de medição. Tudo, cada osso do corpo humano, é regido pela Divina Proporção. Coelhos, abelhas, caramujos, constelações, girassóis, árvores, arte e o homem, coisas teoricamente diferentes, são todas ligadas numa proporção em comum.
Até hoje essa é considerada a mais perfeita das proporções. Não por acaso é usada, hoje, pelos “inteligentes” no nosso dia a dia: meça seu cartão de crédito, largura / altura, seu livro, seu jornal, uma foto revelada. Lembre-se de considerar sempre possíveis erros de medida da régua ou fita métrica. Encontramos ainda o número Phi, Φ , em famosas sinfonias como a 9.ª de Beethoven, e em muitas outras obras. E… isso tudo seria uma mera coincidência?…”
A inexistência do acaso, do fortuito, sendo comprovada pela média matemática… Agora, trazendo a matemática também para a política(gem): de 1985 a 2018, 33 anos de governos brasileiros que afundaram o país. Faria duas ressalvas: a criação do plano real no governo Itamar, encerrando o período de hiperinflação; e as privatizações do FHC, descontando-se as roubalheiras, obviamente. Se fosse escolher um marco trágico, com um olhar restrospectivo, sem dúvida, apontaria a data de promulgação da Constituição de 1988. Aliás, o ex-presidente Sarney, à época (1987), num lapso de extrema sinceridade, visão e honestidade intelectual, disse que o Brasil, sob a égide dessa Carta Socialista Maligna, seria ingovernável. Foi muito criticado, mas deixou um registro digno de profeta, que veio se confirmando com o passar dos anos.
No quesito “educação”, foram 33 anos de aprofundamento da lavagem cerebral e da ignorância. No “direito”, um ciclo de relativização gradual e progressiva das regras, até formar a desordem e o caos vigentes, pela banalização do ilícito e a impunidade generalizada, ambas institucionalizadas. Sem dúvida alguma, é o pior e mais grave problema do Brasil: um sistema jurídico-judicial falido, disfuncional, patrocinado por “especialistas”, autoridades de cúpula, políticos com mandato, sistema que, inequivocamente, é o causador principal da violência e insegurança que assolam o país.
Por outro lado, de 1964 a 1985, somaram-se 21 anos de governo militar. Dentre seus altos, estava a segurança pública (para os ordeiros, naturalmente), inexistente nos dias atuais. Sua falha mais imperdoável foi a omissão em relação à imprensa e ao sistema de ensino. O resultado está aí: ditadura do politicamente correto dando as cartas (Paulo Guedes, Damares e, obviamente, Bolsonaro que o digam), imbecilidade e lavagem cerebral socializadas, anomia jurídica, preponderância de narrativas falaciosas sobre as “verdades” objetivas. “Verdade”, no sentido de algo objetivamente perceptível por qualquer cidadão íntegro, inteligente, bem-informado, intelectualmente honesto, desapegado de suas próprias crenças tidas por “certezas”.
De volta à matemática: 33 anos de “democracia” de araque, divididos por 21 de militarismo, tem por quociente 1,5714, número decimal muito próximo ao número phi (1,618). Como interpretar isso? Cogito o seguinte.
Como a impermanência é Lei que rege a vida, a natureza e o universo, e nenhum governo é 100% defensável, diria que virão aproximados 53 anos ininterruptos de relativa ordem e progresso para o Brasil, substituindo o período de estrago do último ciclo, especialmente nas áreas mais afetadas, como política, “direito”, segurança, educação, economia e comunicação (33 anos de atraso, multiplicados por phi, 1,618, resulta 53). Estamos numa fase de transição, intuitivamente constatável.
Uma possível objeção: “E depois? Virão mais 86 anos (resultado de 53 x phi) de retrocesso?” Presumo que não. Na história, analisando os acontecimentos de maneira geral, a qualidade de vida veio sempre melhorando, sem que deixasse de haver os ciclos de ordem e caos, sob determinados enfoques. O que poderá ocorrer será o agravamento de outros tipos de problemas que venham a surgir nessa Nova Era que se avizinha. Por exemplo, questões imprevisíveis, decorrentes da tecnologia, que reflitam em outros campos, como saúde e relacionamentos.
Que essa especulação jurídico-política, matemática e prospectiva, sirva para a reflexão e atue como uma espécie de bálsamo, de alento para todos nós, cidadãos íntegros e incomodados no dia a dia com o império da desordem e do desvalor… E, se possível, que também nos ajude a compreender melhor a realidade atual, reforçando a nossa confiança num futuro promissor. Porque o Brasil tem e terá jeito… desde que, e quando, o ciclo vigente e altamente resiliente da desordem e do atraso for rompido definitivamente. É questão puramente temporal.